Pára!
Será que consegues parar?
Só por uns instantes…
Pára e respira fundo…
Isso… assim… de olhos fechados
E sente…
Sente a tua vibração...
Despe-te de preconceitos
Pára de lutar contigo próprio
Porque essa batalha que travas
É só contigo…
Cede… A ti próprio…
É difícil?
Não é… só tens que parar
Parar para reflectir…
Escuta…
…
…
Ouves?
Ouves o teu coração que te pede tréguas?
Ele sabe que tu consegues amar…
E que te consegues entregar…
Basta que o deixes bater…
Sem revolta… sem culpa…
Sem tentares correr para o lado oposto…
Sem fugires de ti próprio…
Escuta…
Escuta a voz que te sussurra ao ouvido
E que te diz para voares…
É a tua voz interior… Que ignoras…
Liberta-te!
Não te amarres a ti próprio…
Sai da tua teia...
Olha!
Olha e descobre quem és…
Encontra-te contigo…
Frente a frente
Isso… assim… de olhos fechados
Olha para dentro de ti e diz-me quem vês…
Consegues ver?
Consegues ver que tens muito mais?
Muito mais do que imaginas…
Permite-te olhar… e ver…
Mesmo que a imagem pareça turva
Mesmo que tenhas que chorar
Para depois a veres mais nítida…
Mesmo que tenhas que lavar a tua alma
Com as lágrimas retidas que vão rolar
Quando encontrares a tua luz dourada
Na luz da tua sombra
Navego sem hesitar
Danço à chuva...
Corro sem parar...
Na luz da tua sombra
A minha consigo vislumbrar
Vestida e nua...
Perdida ao luar...
Na luz da tua sombra
Sinto a paz e o calor
Entre ondas de espuma
Onde te chamo 'meu amor'
Na luz da tua sombra
Caminho sem tropeçar
Observo-te com atenção
Traço o mapa do teu olhar
Na luz da tua sombra
Ilumino os meus olhos apagados
Aqueço a minha pele arrefecida
E enrolo-me em abraços apertados
Na luz da tua sombra
Mostro ao mundo quem eu sou
Dou saltos sem vara
E grito como quem já amou
Na sombra da minha luz
Despejo um mar bravo de granizo
E amachuco com as mãos
Papéis que já não protagonizo
Na tua e na minha sombra
Escondemos medos e fobias
Apagamos luzes trémulas
Que não brilham e são vazias
Na minha e na tua luz
Contemplamos chamas que crepitam
Acreditamos nos rios que correm
Trocamos beijos que nos levitam
Não tenho paciência
Para os que passam toda uma vida
A criticar e a julgar tudo e todos
A comentar sobre tudo e sobre todos
Apenas porque sim
Não tenho paciência
Para os que são arrogantes
Na forma de tentarem atingir os outros
Que só destroem em vez de construir
Apenas porque sim
Não tenho paciência
Para os que se queixam da vida
E nada fazem para se erguerem
Tentando arrastar tudo e todos
Apenas porque sim
Não tenho paciência
Para os que invejam os outros
E nada fazem para serem melhores
Acomodando-se apenas
E apenas porque sim
Não tenho paciência
Para os que não reconhecem os seus erros
E ainda os negam como se fossem apenas ilusão
De alguém louco
Apenas porque sim
Não tenho paciência
Para os que repetem sempre as mesmas falhas
Anos após anos…
E que ainda tentam convencer os outros
Que ‘não foi com intenção’…
Com o ar mais inocente deste mundo
Não apenas porque sim
Mas sim porque ou estão doentes
Ou por pura maldade…
Não tenho mesmo paciência…
Não devo dizer que me custou esperar por este final de tarde
Mas posso afirmar que valeu a pena e que fiquei mais 'rica'...
Não devo dizer que tinha tantas saudades tuas
Mas posso afirmar que o teu olhar hoje as levou com ele...
Não devo dizer que esta distância me consumia
Mas posso afirmar que quando estás perto eu fico mais feliz...
Não devo dizer que duvidava que 'nós' pudéssemos ser uma realidade
Mas posso afirmar que amei ouvi-lo da tua boca...
Não devo dizer que o rio que se atravessava entre nós era bravo e agitado
Mas posso afirmar que adoro a ponte que juntos construimos...
Não devo dizer que sofria em silêncio por não te encontrar no meu espaço
Mas posso afirmar que esse espaço esteve sempre aqui à tua espera...
Não devo dizer que é difícil dormir longe do teu colo
Mas posso afirmar que é com ele que sonho todas as noites...
Não devo dizer que a minha boca tinha sede do teu beijo
Mas posso afirmar que o toque dos teus lábios a saciou...
Não devo dizer...
Mas posso afirmar...
Mergulha na paz da noite
Deixa-te ir nos seus braços
Num embalo sereno
Em ondulações suaves
Nascidas do sopro calmante
Da lua que não dorme
Flutua assim
De olhos fechados
Num mundo perfeito
Sem dor
Sem tormentos
Sem mentira
Sem amargura
E sente…
Sente a leveza
Levita
E deixa-te levar
Aí não tens que lutar
Não tens que chorar
Não tens que sofrer
Nem tens que arriscar
A perder quem te procura
Sem te encontrar
Esse lugar é só teu
Absorve-o com a alma
Inspira-o de coração aberto
E depois…?
Depois agarra-o
Abraça-o intensamente
Quando a manhã te acordar
E com ela trouxer de volta
O turbilhão de pesadelos
Que te tiram a lucidez de acreditar
Que amar é partilhar...
Memories we keep in our hearts...
More than in our minds...
We may forget details
Of what we were wearing
Or if the sun was shining
Or if the rain was falling down from the sky
But we don't need to close our eyes
To feel the smells around,
The feelings inside our souls,
To hear the laughs,
To feel the touch
The moments we've shared together
I'll keep forever as a precious treasure
In my little box called 'why life worths'
It's difficult to choose the 'best moment'
Because each one was so particular...
Laying on the grass...
Having a nice lunch at 'The River's Cafe'...
Drinking really good red wine...
Playing snooker...
Dancing like crazies...
Going to the Miike Snow's concert
The tour in London and Thames river...
Drinking beer in amazing pubs...
Hearing your beautiful poems
Taking the wrong bus late at night...
Sleeping in your arms...
Maybe we could be good lovers
In other circumstances...
But love is sharing
Is caring
Is embrancing life
And we have that!